12 de fevereiro de 2022

Pois amigos…

Ninguém é obrigado a conhecer todos os seus vizinhos. Nem mesmo saber os seus nomes. Isso, é claro, não significa que a pessoa seja antissocial. Reservada é a palavra mais adequada. No entanto, pelas idas e vindas dos dias se passando, das semanas se sucedendo por aí vai, nós vamos conhecendo “de vista” alguns vizinhos e até mesmo cumprimentá-los.

Pois, é assim com um vizinho meu. Um rapaz que sempre passava alegre em frente à minha casa. Eu nunca entendi como podia alguém ser tão alegra e mostrar boa disposição. Conversava com todos, sorria pra todos, fazia brincadeiras com todos. Diz um ditado que “dinheiro não traz felicidade” e pela lógica eu presumia que o vizinho era pobre. E pelo tamanho da alegria, devia ser muito pobre mesmo!

Mas, assim como eu nunca entendi a sua alegria enorme, eu me enganei quanto à questão de ser pobre. Na verdade, certo dia ele passou com um carro. Usado, é verdade, mas era um carro e estava limpo. A alegria passou a ser mostrada com as buzinadas pela rua. Passava por outro vizinho e lá vinha a buzina. Era a sua forma de mostrar que estava alegre e também mostrar a todos o motivo de sua imensa alegria.

Então, certo dia, o rapaz mostrou que sua alegria percisava de mais alguns acréscimos para mostrar toda a sua graça. Ele trocou a buzina e agora podemos ouvir não o famoso “bi-bi”, mas o grito do pica-pau, o grito do Tarzan, mugidos de vaca, uma galo cantando (imagine isso de manhã cedo, caro leitor!).

Pode ser que, segundo o ditado, “dinheiro não traz felicidade”, mas esse rapaz precisou pagar para comprar e trocar a buzina. E hoje, uma feliz tarde de sábado, ele fica na frente de casa brincando com a buzina de seu carro. E como ele fica feliz, meu Deus…

Postado por Paulo Bocca Nunes em 12 de fevereiro de 2022, no Facebook.

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